TAGAUA E MIDORI (A MÁQUINA).


OS CATÍTULOS ESTÃO DISPONÍVEIS ABAIXO DO LADO DIREITO OU ESQUERDO DA PÁGINA. BREVEMENTE TERÃO O ÚLTIMO CAPÍTULO DISPONÍVEL APÓS O LANÇAMENTO NA CONEXÃO NANQUIM.
 
 
 
 

Tagaua e Midori a máquina surgiu de de uma lição de casa, estava lendo um livro sobre criação de roteiros ( Os segredos dos roteiros da Disney), e em uma lição dizia que eu deveria criar uma história a partir de e se... E se um homem encontrasse uma sereia, e se um avião carregasse uma bomba, e se um casal de velhinhos pudesse voltar a ser jovens novamente. Foi mais ou menos assim, o livro te empurra muito a parar de pensar e começar a fazer, e foi quando eu encarei a mão na massa e comecei a escrever a história. 


A parte de criação dos personagens foi muito difícil e ao mesmo tempo em que eu os criava, a historia pulsava na minha cabeça querendo sair mais e mais idéias, mas sabia que não ia caber tudo no papel. Então me acalmei e encontrei uma parte no livro que dizia que tudo deveria ser o mais simples possível, e hoje intendo que não precisamos complicar as coisas, e então foi para o lado mais simples e real que eu faria se fosse comigo. Tagaua e midori fugirem para permanecer jovens é uma característica minha, eu acredito que a juventude é tão bela que nos deixariam loucos a ponto de não se importar com os outros ao seu redor, voltar e refazer é um fato em que todos nos seres humanos almeja alcançar.


As pinturas em aquarela é muito sinistra pra mim, eu não consigo acreditar que ficará bonito até colocar o preto, tenho de colocar o preto, contornar, aí sim me convenço de que acertei.



Todas as vezes que desenhei e acredito que sempre será assim, eu coloco uma música pra tocar, minhas histórias eu e a musica sempre andaram juntas. Em Interferência Disfuncional, próximo mangá que irei postar no blog, conheceu todas as musicas do Coldplay, a musica que traz a inspiração, uma musica melódica me leva ao mundo meloso e cheio de conflitos, coisas impossíveis, mas com Tagaua e Midori apenas uma musica foi o suficiente para preencher as 150 páginas. Lost this dance da Lena Katina, a musica traz a situação da história pesar no coração, e quando chega no final do fanzine, a gente desaba a chorar, eu desabei e meus amigos também. Ao ler uma vez Tagaua e Midori para uma amiga, com a trilha sonara baixinha, eu interpretando cada fala, pude presenciar o momento mais lindo para mim que criador, ela chorou e eu agradeço a ela por ter me presenteado com esse momento onde acho que é o momento X de cada escritor, quadrinista, roteirista, ver que deu certo a menagem que você quis passar. Obrigado Jé. 


Nesse tempo em que criei eu ainda estudava e estava no 3° colegial, na sala de aula, a unica coisa que desenhava era os personagens, no caderno, na lousa e no meu próprio braço. Mania.


Eu sempre fui um garoto cheio de problemas psicológicos, na infância era frustado com muitas coisas, em sair em me relacionar, e a dedicação ao desenho, a arte foi o caminho que encontrava pra ocupar meu dia, não sei quando tudo começou, não me lembro de como era antes do desenho, minha mãe dizia que desde pequeno eu desenhava, eu comecei a fazer histórias em quadrinhos mesmo antes de conhecer o Mangá, distúrbio de sexualidade infantil? não sei, mas gostava de fazer histórias de dinossauros e também da pequena sereia. A muito tempo venho carregando um sonho, publicar alguma coisa onde todos possam ver e gostar, sei que viver disso é apenas para os fortes, não me apego a isso, mas acredito que as noites em claro serão recompensadas.


Acho que depois da tecnologia, pintar com lápis de cor é um saco, mas encarava o desafio apenas para diversificar. 


Essa foto em acima com papeis em sequencia é toda a história, como dizia no livro, eu podia alterar os acontecimento antes de colocá-los no papel se escrevesse tudo em pequenos pedaços de folha, com isso já tinha uma noção de como ela seria.


Quando terminei Tagaua e Midori, no dia em que eu o li, mesmo só o esboço das paginas desenhada, lembei da minha Avó Alice que na época começou a adoecer, até o momento ela continua carregando o presente que a velhice nos trás, acho que no meu subconsciente já acreditava como seria se pudesse dar a ela uma segunda vez, e assim o e se... funcionou. Dedico a ela essa história e a todos com bom coração.


Esse sou eu, eu adoro aparecer mas nunca fui um cara que se gabava das coisas que conseguia fazer e os outros não, para mim as vezes era normal, sentia estranheza por meus amigos não conseguir desenhar como eu, eu por muitos sábados na infância, amigos se reuniam em casa para que eu os ensinasse a desenhar. Muita gente se saía bem e também agradeço-lhes o incentivo até hoje. Mãe e Pai, estou contente por não cobrar de mim a infância normal, os dias inteiro no quarto fizeram diferença hoje. 


As vezes o caminho pode parecer longe, mas se na caminhada você colocar um fone no ouvido e escutar uma bela musica que lhe trás lembranças boas. Longe será a espera pra fazer tudo de novo.

BILLY & MÁQUINA ( O POSFÁCIO )








CAPÍTULO 07 ( FINAL)












CAPÍTULO 06